Exposição “Urbano – Ribeirinhos” em Parintins Reflete sobre Identidade Amazônica

A Amazônia, em constante transformação, enfrenta os impactos da urbanização acelerada. Para provocar reflexões sobre essa realidade, o artista visual e docente de Geografia, Estevan Bartoli, apresenta a exposição “Urbano – Ribeirinhos: Hibridismos Amazônicos”. A mostra estará aberta ao público de 14 de março a 20 de maio de 2025, no Centro Cultural e Memória de Parintins, com entrada gratuita.

Influenciado pela arte de rua, HQs e cartoons, Bartoli une ciência e arte para retratar as vivências das populações urbanas e urbano-ribeirinhas da região. Suas obras oferecem um olhar provocativo sobre as mudanças no território amazônico, estimulando o público a refletir sobre identidade, espaço e pertencimento.

Larice Butel, etno-historiadora e coordenadora de cultura do Centro Cultural e Memória de Parintins, destaca a singularidade da exposição: “Essa é a terceira exposição do Centro Cultural e Memória de Parintins desde sua inauguração, mas a primeira com a temática ‘Urbano Ribeirinho’, de autoria do professor doutor Estevan Bartoli. Ela se diferencia das mostras anteriores, que destacavam artistas locais, trazendo um olhar acadêmico e das vivências da região. A perspectiva dele sobre as fronteiras, os problemas enfrentados pelas pessoas e a própria identidade amazônica é fascinante, tanto do ponto de vista artístico quanto crítico-social. Além disso, a linguagem visual da exposição foge do que estamos acostumados, tornando-se ainda mais instigante”.

Bartoli, por sua vez, ressalta o papel da arte na representação da realidade amazônica: “Tenho feito uma arte que tenta sair um pouco do eixo dominante aqui em Parintins, pois são telas muito críticas, com representações que trazem reflexões sobre a realidade da Amazônia. Nesse sentido, a arte se torna muito importante para representar a realidade quando nos faltam palavras, textos, gráficos ou pesquisas”.

O Centro Cultural e Memória de Parintins convida a todos para essa imersão artística, que dialoga com os desafios e transformações do cotidiano amazônico. A visitação é gratuita.