Com apoio da população, reintegração de posse em Parintins expõe comércio ilegal de terras

População apoia reintegração de posse e cobra fim da indústria de invasões em Parintins

A operação de reintegração de posse realizada pela Polícia Militar no loteamento Shanghai, em Parintins, repercutiu positivamente entre os moradores da cidade. A ação, que ocorreu nesta terça-feira, garantiu a devolução de terrenos aos proprietários legais e resultou na prisão de quatro homens por resistência à ordem judicial.  

A medida faz parte dos esforços do Judiciário e das forças de segurança para combater a crescente invasão de terras no município. A população tem demonstrado apoio às reintegrações, denunciando que as invasões se transformaram em um comércio ilegal de terrenos, com destruição de áreas de preservação ambiental.  

Para muitos, a ocupação irregular não se trata de uma necessidade habitacional legítima, mas sim de um esquema de compra e venda de terras alheias. Dionéia Muniz destaca que, se as ocupações fossem para moradia, ainda haveria justificativa, dada a falta de solução para a situação de moradia pela gestão pública. No entanto, ela se declara contrária às invasões clandestinas.  

Paulo Elias Cursino critica o impacto social das invasões, mencionando a busca por assistência social por parte dos invasores e a alegação de abandono pelo poder público. Ele defende o trabalho honesto e legal para a aquisição de moradia.  

Joelma Farias reforça a existência de um ciclo vicioso, com invasões, vendas e novas invasões pelas mesmas pessoas, prejudicando a organização do município. Mayse Garcia relata a ocorrência de venda ilegal de lotes em diferentes áreas da cidade, inclusive próximo ao SENAC.  

Os impactos ambientais também são ressaltados, com Elton Ferreira denunciando a derrubada de árvores, a destruição de reservas florestais e a prática de incêndios pelos invasores. Ele cobra a identificação dos líderes que incentivam essas ações.  

Gustavo Carneiro valoriza a atuação da Justiça na proteção do patrimônio familiar, enquanto Rubia Duarte aponta que muitos envolvidos em invasões já possuem outros terrenos e lucram com a revenda ilegal. Ela questiona a organização dessas pessoas para o cometimento de crimes e a falta de organização para cobrar o poder público por programas de moradia.  

A Polícia Militar reafirmou o compromisso de continuar as reintegrações de posse, em cumprimento às determinações judiciais e no combate à ocupação irregular de terras em Parintins.  

Publicar comentário